Pular para o conteúdo principal

Exclusão Escolar de braços dados com a Exclusão Tecnológica nos vastos rincões do Brasil

Por: Joás Ferreira da Silva –RU 1309103 e Sheyla de Oliveira Pereira de Barros- RU- 1326006
Polo –Salgueiro- PE – Sertão Central
Data: 27/08/2017
Há muitos anos educadores, especialistas e as redes educacionais abordam essa temática da inclusão de crianças e pessoas com deficiências na rede regular de ensino, no âmbito das instituições públicas e privadas, porém o tema esbarra em questões que ultrapassam a barreira do preconceito, gerando um discurso cada vez mais vago, reforçando ainda mais a exclusão dos portadores de deficiências físicas e educacionais, esse fosso é gradativamente aumentado, quando essas pessoas vivem afastadas dos grandes centros urbanos e povoam as pequenas cidades, que não estão preparadas se quer para debaterem o tema da inclusão nas suas nuances mais especificas, imagina-se o alargamento da discussão, quando se colocam o uso das novas tecnologias, que poderiam auxiliar na controversa inclusão escolar. “Para a professora da faculdade Estadual de Campinas, Maria Teresa Eglér Montoan “Nosso sistema educacional, diante da democratização do ensino, tem vivido muitas dificuldades para equacionar uma relação complexa, que é de garantir escola para todos, mas de qualidade. É inegável que a inclusão coloca mais lenha nessa fogueira e que o problema escolar brasileiro é dos mais difíceis, diante do número de alunos que temos de atender, das diferenças regionais, conservadorismo das escolas entre outros fatores” Essas diferenças regionais expostas pela professora, fazem que caminhem juntas a exclusão, na sua forma mais gritante, quando jovens crianças e adultos na escola não dispõe  de formas de acesso as novas ferramentas pedagógicas , advindas das inovações tecnológicas. Encontramos numa dessas escolas publicas , no interior de Pernambuco, a professora Tania Leite de Moura, educadora há 21 anos, que buscou nessas inovações uma forma de inclusão de dois alunos de 6 e 8 anos que tinham dificuldades de aprendizagem e foram prematuramente diagnosticados como portadores de déficit de atenção e imperativismo, segundo análise comportamental realizados por psicopedagogas da rede municipal em educação dessa cidade, no relato a professora conta, que nos primeiros dias de aulas saiu com as mãos na cabeça e a sensação de fracasso, por não ter como efetivamente auxiliar na aprendizagem dessas crianças, sendo que o de 8 anos, já vinha de um histórico de reprovação que o manteve no primeiro ano do ensino fundamental, segundo Tania leite, a solução veio com um aplicativo baixado por sua filha no celular denominado “ Ler e contar” que estava auxiliando sua neta de quatro anos no inicio do processo de letramento, conta a professora que ao observa sua neta utilizando o aplicativo, veio logo em sua mente a possibilidade de ajudar seus alunos, logo o baixou no seu tablet e apresentou a eles no dia seguinte, como forma interativa e de entretenimento, seguindo um plano de ação que montará para intervir na situação, começou de forma lúdica, com os sons de diversos instrumentos musicais, em seguida apresentou o alfabeto em que eles ao tocar nas letras, expostas na tela do tablet, uma voz pronunciava vagarosamente as letras. Após vários dias percebeu que os alunos estavam mais calmos e que haviam melhorado a concentração, a coordenação motora e o raciocínio lógico, relata a professora que agora completados seis meses do inicio do ano letivo os dois alunos já conhecem quase todo o alfabeto e que já introduzira os primeiros sons silábicos, e dispondo desse aplicativo vem trabalhando com a sua turma , de 12 alunos o alfabeto em libras, mesmo não tendo na sala alunos surdos ou mudos , os pais por sua vez , mesmo sem noção concreta da realidade, ora trazida pela educadora, estão satisfeitos com o avanço na aprendizagem dos seus filhos e lamentam não possuírem conhecimentos necessários e condições financeiras para introduzirem esses e outros aplicativos na rotina familiar de suas crianças.





Excerto retirado do livro Escolar: Pontos e Contrapontos de autoria de Maria Teresa Eglér Montoan, Rosangela Gavioli Prieto e Valeria Amorim Arantes, Editora Summus, 2006. Fonte: Jornal gazeta do povo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aprenda a ler e a contar, brincando e se divertindo

Por Luiz Rodrigues dos Santos, RU 1287857 Pólo – Salgueiro PE Data 24/08/2017 O aplicativo educacional “Ler e Contar” , segundo seu desenvolvedor, Bergman, pode dar uma ajudinha, a seu filho que está começando o aprendizado escolar, visto que aprende enquanto se diverte. O “Ler e Contar” contém alfabeto, sílabas, números (soma e subtração), língua de sinais, vogais e consoantes, formas geométricas, animais, cores e instrumentos musicais. Isso tudo em um único aplicativo totalmente grátis e disponível no play . google.com. O alfabeto é ilustrado e com atividades de completar sequências, clicar e arrastar letras para os lugares certos e encontrar as primeiras letras das palavras. As sílabas são simples, com aplicação e atividades de clicar, formar, completar, contar e ler as palavras. E as palavras são ilustradas. Os números são de 0-100, podendo se contar nos dedos de 0-10 e as atividades são de clicar, arrastar para os lugares certos, completar as sequências e contar. ...

Downex, um aplicativo que facilita o processo de alfabetização de crianças e adolescentes com Síndrome de Down

Por Edileusa Iraci Torres , RU: 1814400 Iraciane   Idamara Torres de Sá , RU : 1784192 Polo – Salgueiro - PE Data 25/08/2017 Há cinco meses, foi adotado na Escola Ana Clara, em Salgueiro, um aplicativo tecnológico chamado Downex, que ajuda a facilitar a vida de crianças e adolescentes com Síndrome de Down. Este aplicativo foi criado pela professora Ameliara Freire, de Recife- PE, com o intuito de ajudar nas dificuldades de desenvolvimento do irmão diagnosticado com Síndrome de Down, que não teve um bom desempenho na parte da alfabetização. Ela levou apenas seis meses para criar o software, testar a ferramenta e disponibilizá-la na internet.  A ferramenta facilita o processo de alfabetização de crianças e adolescentes com a doença, acelerando o reconhecimento de palavras e letras de maneira simples, intuitiva e, principalmente, gratuita.            Na Escola Ana Clara, em Salgueiro, o Downex é utilizado na ...

MESA DIGITAL: UMA TECNOLOGIA PARA A INCLUSÃO

Por: Rita de Cássia Angelim Barros RU: 1788102 Polo – Salgueiro-PE Data: 22/08/2017  As pessoas com necessidades especiais enfrentam inúmeras dificuldades em seus ambientes de estudo, trabalho e até mesmo lazer. Isto porque não conseguem se adaptar a muitas práticas do cotidiano, que envolvem a participação dos sentidos, habilidades e recursos que uma pessoa portadora de alguma deficiência muitas vezes não consegue desenvolver. No entanto, felizmente, empresas e pesquisadores buscam facilitar a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho e, em geral, no convívio social. É uma maneira de reverter o quadro descrito acima, através da criação de novos produtos adaptados às necessidades do portador, como veremos alguns exemplos a seguir. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 25 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, ou seja, o número corresponde a 14% da população do país — sendo que 40% representam o grupo de deficientes visuais (parcial o...