Crianças deficientes visuais superam limitações com ferramenta tecnológica
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Por: Filomena Maria de Sousa Yoyô -1952916
Polo: Salgueiro – PE Data: 24/08/2017
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Nesta
terça-feira, 22 de agosto de 2017, a Escola Municipal Conexão, no município de
Blogtícia-PE, a 430 km de Salgueiro – PE, buscando a modernização das práticas
educacionais tecnológicas inclusivas voltadas para a garantia da acessibilidade
das crianças com deficiência visual, lança a utilização do minimatecavox,
aplicativo desenvolvido na Unicamp, pelo tecnólogo em informática Henderson Tavares
de Souza, para auxiliar no aprendizado de matemática, que além de promover a
inclusão digital e à recreação, traz uma diversidade de atividades. Este é
executado pelo comando de voz que ao emitir os sons motivadores e agradáveis, por
ser vozes infantis, permite a aprendizagem significativa de matemática.
A
professora Elisa Galvão vislumbrava este trabalho, desde fevereiro deste ano
letivo, acreditava que a Secretaria de Educação de Blogtícia –PE, investiria em
curto prazo em ferramentas facilitadoras do processo de ensino e aprendizagem
de matemática, pois as crianças sinalizavam interesse pela área. A princípio, o
gestor municipal Robson Sumer priorizou
em suas ações a aquisição de kits de multimídias para distribuição gratuita na escola,
foi instalada internet em banda larga, além da oferta de cursos gratuitos de informática aos educadores da
Rede Municipal de Ensino, contemplou
ainda os pais das crianças com deficiência visual no curso que auxilia no manuseio
de ferramentas tecnológicas.
Para a Empresa Luminise, fornecedora
dos kits, a iniciativa daquele município impacta positivamente nos índices educacionais,
no sentido de viabilizar o ensino inclusivo, imprimindo mais qualidade à educação pública municipal.
Anderson Munier, pai de Valéria Munier, agradece emocionado, o trabalho
desenvolvido pela equipe docente da Conexão, que atende uma demanda de doze
crianças deficientes visuais. A aluna do primeiro ano encantada com a inovação
pedagógica implantada, relata que as possibilidades de aprendizagens para os
educandos são inesgotáveis, diz isso, por ser filha de professores
pesquisadores interessados neste campo, sobretudo, são estimuladores da
utilização cotidiana de aplicativos que incentivam o desenvolvimento cognitivo
das crianças. A Escola tornou-se Centro de Apoio às Crianças com Deficiência Visual,
destacando-se em Congressos, simpósios, seminários nacionais e internacionais,
a partir da divulgação da experiência bem sucedida neste espaço de educação a partir do uso do software,
essas participações são alternativas dignas que contribuem efetivamente para a prática inclusiva das aulas de matemática.
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Morgana
Liz, professora da turma de alunos de seis anos, relata que o uso dos recursos
tecnológicos tornam as aulas mais alegres, criativas e que por trás dessa
alegria evidencia-se a compreensão dos conteúdos matemáticos.
Nesse contexto, os objetivos vêm
sendo alcançados à medida que os educandos são beneficiados, desde a reconstrução
das estratégias e metodologias aplicadas com o minimatecavox à minimização dos
obstáculos cognitivos. Anteriormente, eram vivenciadas situações de
aprendizagem, que na maioria, pouco se adequavam às reais necessidades, afirma a
educadora. Hoje, as aulas de matemática são dinâmicas e compreensíveis. Segundo
Pâmela Lessa, mãe de Vitória, a filha descobriu princípios matemáticos com a utilização de
recursos tecnológicos adequados, por essa razão ocorre o processo de aprendizagem,
daí construiu-se um cenário que permite ser vivenciadas aulas com propostas
efetivas de inclusão.
Vale ressaltar que, ferramentas
tecnológicas favorecem a aprendizagem significativa, por ser lúdica, prática e
autônoma. Apesar dos argumentos favoráveis aos avanços da tecnologia , surgem
dúvidas acerca da eficácia dos instrumentos, são constantes as opiniões críticas
e desfavoráveis ao uso da cidadania digital, como exemplo, a redução do
manuseio de materiais manipuláveis, da bola de gude, lego, quebra-cabeça com
peças grandes, entre outros, outro fator, é comprometer as relações
interacionais, provocando o isolamento das crianças.
Ao contrário, a utilização orientada
de aplicativos estimula a vivência das aulas mais agradáveis e motivadoras, compara
Joana Mares, gestora da escola, antes do uso dos recursos, as situações de
aprendizagem se davam somente utilizando objetos comumente encontrados em sala
de aula, julgando impraticáveis os momentos de aprendizagem sem explorações e
investigações matemáticas favoráveis à
construção de estratégias próprias que dialoguem com a realidade do mundo
digital.
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